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sexta-feira, 21 de maio de 2010

(RE)CONHECENDO A PERIFERIA DO CENTRO DO RIO A PÉ

(RE)CONHECENDO A PERIFERIA DO CENTRO DO RIO A PÉ

Roteiro escolhido, em enquete, pelos usuários do site

Roteiro a pé com explanação sobre a gênese, permanência e metamorfoses ocorridas em parte da urbe carioca. Dia 26 de maio de 2010 (quarta-feira), encontro às 13 horas no Centro Cultural Light (Av. Marechal Floriano, 168) Inscrições em aberto – uso de megafone nos espaços coletivos.

CENTRO CULTURAL LIGHT – PALÁCIO ITAMARATI – CENTRAL DO BRASIL (VISITA) – CAMPO DE SANTANA – RUA DA CONSTITUIÇÃO – MUSEU DO RÁDIO (VISITA) – RUA LUIS DE CAMÕES – REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA (VISITA) – LARGO DE SÃO FRANCISCO – RUA URUGUAIANA – LARGO DA CARIOCA – THEATRO MUNICIPAL (VISITA – A CONFIRMAR) – CONVENTO DE SANTO ANTONIO – CONFEITARIA COLOMBO (OPTATIVO)

Para realizar a sua inscrição e de todos os seus acompanhantes, envie um email para roteirosgeorio@uol.com.br com o nome dos participantes e os roteiros que desejam participar.

Você pode, também, inscrever-se através do Twitter: @roteirosgeorio ou ligando para (21) 8871-7238.

A maneira mais eficiente de receber a programação mensal do projeto é assinando o nosso Blog. Basta inserir seu e-mail em “Assinatura por E-mail”. Você receberá os nossos e-mails automaticamente, assim que disponibilizarmos a tábua de roteiros aqui no site. Outra boa maneira de se manter atualizado é nos seguir no Twiter: www.twitter.com/roteirosgeorio.

Em caso de chuva roteiro cancelado.

Coordenação: Prof. Dr. João Baptista Ferreira de Mello

Bolsistas: Laura Gondim, Ricardo Brenelli e Stephane Amaral

Colaboração do pós-graduando: Ivo Venerotti

Mestrandas colaboradoras: Melissa Anjos e Olga Maíra Figueiredo.

Os Roteiros na Mídia:

JORNAL DA GLOBO – REDE GLOBO DE TELEVISÃO 19/05/2009

http://www.youtube.com/watch?v=_n4gPk_tiNU

TV GLOBO – ROTEIRO NOTURNO NO CENTRO DO RIO A PÉ – UERJ – JORNAL DA GLOBO

http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1160470-16021,00-AS+BELEZAS+DE+UM+PASSEIO+NOTURNO+PELO+RIO+DE+JANEIRO.html

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http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/09/10/04023160E0B12366.jhtm

ROTEIRO DAS LUZES NA CAPA DA UOL, EM 10 DE SETEMBRO DE 2009
O “Roteiro das Luzes”, iniciativa do Departamento de Geografia da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), conduz turistas e moradores da cidade para um passeio histórico pela região central. Monumentos, igrejas e prédios históricos estão no passeio gratuito que dura cerca de duas horas. Reportagem: André Naddeo. http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/09/10/04023160E0B12366.jhtm

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ROTEIRO NOTURNO NO CENTRO DO RIO A PÉ – TV BRASIL http://www.youtube.com/watch?v=xIyu0BX4a58

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TV GLOBO – ROTEIRO NOTURNO NO CENTRO DO RIO A PÉ – UERJ – JORNAL DA GLOBO – 19/05/2009

http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1160470-16021,00-AS+BELEZAS+DE+UM+PASSEIO+NOTURNO+PELO+RIO+DE+JANEIRO.html
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JORNAL DA GLOBO – REDE GLOBO DE TELEVISÃO 19/05/2009 http://www.youtube.com/watch?v=_n4gPk_tiNU

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NEGRAS GEOGRAFIAS 13.05.2008 TV BRASIL http://www.youtube.com/watch?v=4X9rxnXx9xA
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http://oglobo.globo.com/rio/hojeediade/mat/2009/08/24/caminhada-conta-historia-da-cidade-partir-de-suas-luzes-767302907.asp

JORNAL O GLOBO – 25 DE AGOSTO DE 2009 – Caminhada conta a história da cidade a partir de suas luzes
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TV BRASIL
ROTEIROS GEOGRÁFICOS PREPARA MARATONA 28.02.2007

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http://www.xclipping.com.br/indicacaoI.asp?id=6686

JORNAL DO BRASIL – CENTRO BRILHA À NOITE – PROJETO DA UERJ PERCORRE do CENTRO DO RIO ___________________________________________________________
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1341626-17665-313,00.html


__http://oglobo.globo.com/rio/hojeediade/mat/2009/08/24/caminhada-conta-historia-da-cidade-partir-de-suas-luzes-767302907.asp

JORNAL O GLOBO - 25 DE AGOSTO DE 2009 - Caminhada conta a história da cidade a partir de suas luzes

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http://www.youtube.com/watch?v=xIyu0BX4a58 TV BRASIL

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http://www.youtube.com/watch?v=F4xdd8anp10&feature=related TV BRASIL

ROTEIROS GEOGRÁFICOS PREPARA MARATONA 28.02.2007



Rio é a cidade brasileira mais bem avaliada por estrangeiros

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1341626-17665-313,00.html

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as favelas do Rio em 1952 – filme Tudo Azul (acervo pesquisador Cezar Sepúlveda)

http://www.youtube.com:80/watch?v=XNskWy9aIFs

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http://www.youtube.com/user/tvuerjonline#p/u/4/W23oHLnICuE

matéria realizada pela TV UERJ On-line, da Faculdade de Comunicação Social (FCS), 15 de novembro de 2009. Roteiro “Celebrando os 120 Anos de República – a Ordem e o Progresso na Geografia do Rio”.

EM BREVE, NA UERJ, MIL ANOS DE MPB.

http://www.roteiros.igeog.uerj.br roteirosgeorio@uol.com.br cel. 88717238

Caminhando por Entre Luzes no Centro do Rio à Noite dia 28 de maio às 19 horas
Itinerário: Luminoso Centro Cultural Banco do Brasil – Alfândega/Casa França-Brasil do Rio Joanino –– Igreja Nossa Senhora da Candelária, Fonte de Luz e de Fé – O iluminamento do Centro Cultural dos Correios – Rua Primeiro de Março – O foco de luz distante e permanente do Antigo Senado e da Catedral de Benedito e da Senhora do Rosário – O diálogo do Rio Colonial com a Cidade Maravilhosa – O Varandão do Centro Cultural da Justiça Eleitoral – Rua do Ouvidor, logradouro inicial da iluminação a gás e da energia elétrica no espaço coletivo Carioca, de Machado de Assis e Chiquinha Gonzaga, bem como dos primeiros acordes do Carnaval Carioca, das lutas pelo abolicionismo e a República e das Confeitarias e lojas elegantes – O brilho das estrelas Cármen e Aurora miranda no sobrado da Travessa do Comércio – O iluminamento da antiga Catedral da Sé/Ig reja do Carmo – De volta à claridade do Convento dos Carmelitas – Paço Imperial e da Luminar Isabel de Bourbon e Bragança – Os refletores sobre Tiradentes e ALERJ – O brilho e o requinte dos antigos Ministérios da Fazenda, do MEC e a austeridade do Ministério do Trabalho – Luzia dos Santos e Geográficos olhares – A Academia Brasileira de Letras - As novas Torres da Esplanada do Castelo – O Universo de extrema luminosidade da Cinelândia e seus Majestosos Prédios – A iluminância do jovem Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional, o Boêmio Amarelinho, a Câmara dos Vereadores/Palácio Pedro Ernesto, O Centro Cultural da Justiça Federal, O eterno e resplandescente Cine Odeon – Metrô, uma sentinela luminosa a nos conduzir por lunares e ensolaradas Geografias.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Seminário Encruzilhadas da América Latina no século XXI

Seminário Encruzilhadas da América Latina no século XXI

16 de junho

19h - Conferência de abertura
Palestrante: Atilio Boron (PLED)
Coordenação: Yolanda Guerra (ESS/UFRJ)

Local: Auditório da Escola de Serviço Social/UFRJ (2º andar da Escola de
Serviço Social/UFRJ, Campus da Praia Vermelha)


17 de junho

9h30 - Mesa 1
Contribuições à crítica do novo-desenvolvimentismo
Palestrantes: Fernando Prado (IELA/UFSC), Marcelo Carcanholo
(Economia/UFF), Rodrigo Castelo (LEMA/UFRJ) e Virgínia Fontes
(HIstória/UFF, EPSJV/Fiocruz e ENFF/MST) Coordenação: Luís Acosta
(ESS/UFRJ, ADUFRJ)

14h - Mesa 2
Reforma, revolução e contrarrevolução na América Latina
Palestrantes: Alexis Saludjian (IE/UFRJ), Claudio Katz (UBA) e Plinio de
Arruda Sampaio Jr. (IE/Unicamp) Coordenação: Denise Gentil (Dimac/IPEA,
IE/UFRJ)

Local: Auditório Prof. Manoel Maurício de Albuquerque (Prédio do
CFCH/UFRJ, Campus da Praia Vermelha/UFRJ, Av. Pasteur 250 - Urca)


Ao final do evento, será lançado o livro 'Encruzilhadas da América Latina
no século XXI', organizado por Rodrigo Castelo (LEMA/UFRJ) e publicado
pela editora Pão e Rosas. Todos os convidados do seminário são coautores
de artigos do livro.

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Lista de Informes da Escola Politecnica
POLITEC-L@FIOCRUZ.BR
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mostra de filmes do INSTITUTO MOREIRA SALLES

sexta-feira, 21 de maio

14h: A cidade do futuro de Scott
Blade Runner (Blade Runner), de Ridley Scott (EUA, 1982. 117’, exibição em cópia digital).

16h: A Pequim de Xiaoshuai
As bicicletas de Pequim (Shiqi sui de dan che), de Wang Xiaoshuai (China, 2001. 113’), 35mm.

18h: A Milão de De Sica
Milagre em Milão (Miracolo a Milano), de Vittorio de Sica (Itália, 1948. 112’, exibição em cópia digital).

20h: A Los Angeles de Altman
O jogador (The player), de Robert Altman (EUA, 1998. 124’, 35mm).


sábado, 22 de maio

14h: A Los Angeles de Wilder
Crepúsculo dos deuses (Sunset Boulevard), de Billy Wilder (EUA, 1950. 110’, exibição em cópia digital).

16h: A Istambul de Fatih Akin
Do outro lado (Auf der anderen Seite), de Fatih Akin (Alemanha, Turquia, 2007. 122’, exibição em cópia digital).

18h15: A Atenas de Dassin
Nunca aos domingos (Pote tin kyriaki), de Jules Dassin (Grécia, 1960. 91’, 35mm).

20h: A Buenos Aires de Solanas
Sur, amor e liberdade (Sur), de Fernando Solanas (Argentina, 1988. 127’, 35mm).

domingo, 23 de maio

14h: O Rio de Janeiro de Carvana
O homem nu, de Hugo Carvana (Brasil, 1997. 78’, 35mm).

15h45: A Los Angeles de Hanson
Los Angeles, cidade proibida (LA confidential), de Curtis Hanson (EUA, 1997. 138’, exibição em cópia digital).

18h: A cidade do futuro de Scott
Blade Runner (Blade Runner), de Ridley Scott (EUA, 1982. 117’, exibição em cópia digital).

20h: A Los Angeles de Altman
O jogador (The player), de Robert Altman (EUA, 1998. 124’, 35mm).


terça-feira, 25 de maio

14h: A Glasgow de Loach
Apenas um beijo (Ae fond kiss), de Ken Loach (Inglaterra, 2004. 104’, 35mm).

16h: A Pequim de Xiaoshuai
As bicicletas de Pequim (Shiqi sui de dan che), de Wang Xiaoshuai (China, 2001. 113’, 35mm).


quarta-feira, 26 de maio

14h30: A São Paulo de Person
São Paulo S.A., de Luís Sérgio Person (Brasil, 1965. 107’, exibição em cópia digital).

17h: A Brasília de Joaquim e Vladimir
Brasília, contradições de uma cidade nova, de Joaquim Pedro de Andrade (Brasil, 1969. 23’, 35mm);
Brasília segundo Feldman, de Vladimir Carvalho (Brasil, 1975. 20’, exibição em vídeo).


quinta-feira, 27 de maio

14h30: O Rio de Janeiro de Nelson
Rio, Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos (Brasil, 1957. 90’, 35mm).

17h: A Brasília de Joaquim e Vladimir
Brasília, contradições de uma cidade nova, de Joaquim Pedro de Andrade (Brasil, 1969. 23’, 35mm);
Brasília segundo Feldman, de Vladimir Carvalho (Brasil, 1975. 20’, exibição em vídeo).


SINOPSES DOS FILMES



A batalha de Argel (La battaglia di Algeri), de Gillo Pontecorvo (Itália e Argélia, 1966, 121 min, 14 anos)
Com: Brahim Hadjadj, Jean Martin
A luta da Argélia para se tornar independente da França é narrada pela trajetória de Ali, líder da Frente Argelina de Libertação Nacional (FLN), desde o momento em que ele se une à organização, quando ainda era um pequeno ladrão, até sua captura, juntamente com os últimos líderes do movimento, e por fim a execução de todos pelo governo francês.

A doce vida (La dolce vita), de Federico Fellini (Itália, 1960, 174 min, 14 anos)
Com: Marcello Mastroianni, Anita Ekberg, Anouk Aimée, Yvonne Furneaux
Roma, início dos anos 60. O jornalista Marcello vive entre as celebridades, os ricos e os fotógrafos que lotam a badalada Via Veneto. Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, ele frequenta festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a vida.

A grande cidade, de Carlos Diegues (Brasil, 1966, 85 min, 16 anos)
Com: Anecy Rocha, Antonio Pitanga, Leonardo Villar, Joel Barcellos, Hugo Carvana, Maria Lucia Dahle Jofre Soares
Vinda do Nordeste, Luzia chega ao Rio de Janeiro a procura de seu noivo, Jasão. Na busca, Luzia conhece Calunga, malandro carioca que a introduz a cidade, e Inácio, também nordestino, que só pensa em voltar a sua terra. Ela descobre que Jasão mora numa favela e que havia se tornado um temido assaltante. Antes que possa salvá-lo de seu destino, ela e Jasão acabam vítimas dos conflitos e da violência de uma cidade grande.

A propósito de Nice (A propos de Nice), de Jean Vigo (França, 1929, 23 min, 12 anos)
Retrato incisivo de Nice durante o Carnaval. Ao longo deste documentário social, o filme trata do violento contraste social entre ricos ociosos e a população pobre da cidade.

Amsterdam cidade global (Amsterdam global village), de Johann van der Keuken (Holanda, 1996, 245 min, 12 anos). Cópia com legendas em espanhol.
Khalid é marroquino e entregador em Amesterdam. A partir de pessoas encontradas na cidade de Amsterdam, onde mora, o filme nos leva às origens dos tantos imigrantes, Chechenia, Bolívia, Suriname etc. Um retrato de uma Europa multicultural e multiétnica.

Apenas um beijo (Ae fond kiss), de Kean Loach (Inglaterra, 2004, 104 min, 14 anos)
Com: Atta Yaqub, Eva Birthistle, Shamshad Akhtar, Ghizala Avan, Sunna Mirza.
Morando na capital escocesa, os pais paquistaneses de Qasim Khan (Atta Yaqub) resolveram que o filho vai se casar com a prima Jasmine (Sunna Mirza), quem ele nem conhece. Mas o coração de Qasim já foi conquistado por Roisin (Eva Birthistle), professora de música de sua irmã mais nova. Além de não ser da mesma etnia de sua família, Roisin é irlandesa e católica.

As bicicletas de Pequim (Shiqi sui de dan che), de Wang Xiaoshuai (China, 2001, 113 min, 12 anos)
Com: Yuanyuan Gao, Xun Zhou, Lin Cui
Pequim nos dias de hoje. Guei chega da província. Tem 16 anos. Encontra trabalho como entregador. No trabalho dão-lhe roupa e emprestam-lhe uma bicicleta. Quando tiver ganhado 600 yuans, essa bicicleta será sua. Quando Guei já a tem quase paga, a bicicleta desaparece, é roubada perto de um edifício onde tinha ido entregar uma encomenda. Sem a bicicleta, Guei fica sem trabalho. Desesperado, corre Pequim à procura da bicicleta. Quase por milagre, o seu melhor amigo diz-lhe que a viu na posse de Jian, um estudante que a comprou na feira da ladra. A bicicleta pertence agora aos dois... É preciso aprender a partilhá-la.

Asas do desejo (Der Himmel über Berlin), de Wim Wenders (Alemanha, 1987, 128 min, livre)
Com: Bruno Ganz, Otto Sander, Solveig Dommartin
Damiel e Cassiel, dois anjos, sobrevoam Berlim e aproximam-se de seus habitantes, ouvindo seus pensamentos e angústias. Suas presenças são percebidas somente pelas crianças e por ex-anjos, como um ator norte-americano que está filmando na cidade. Damiel se apaixona por Marion, uma trapezista de circo, e decide se tornar mortal para poder amá-la e viver todas as sensações humanas.

Bahia de todos os santos, de Trigueirinho Neto (Brasil, 1961, 100 min, 12 anos)
Com: Jurandir Pimentel, Arassary de Oliveira, Geraldo D’El Rey
A trama gira em torno de um grupo de amigos inconformados com o marasmo e a vida monótona da capital baiana, na época da ditadura de Getúlio Vargas. Tonho, um mulato rejeitado pelos pais que vive de pequenos furtos no porto de Salvador, vive conflitos sociais, políticos e religiosos. Sua amante inglesa quer afastá-lo dos companheiros, mas ele se envolve num atrito entre grevistas e a polícia, terminando por roubar a amante para ajudar os perseguidos.

Berlim, sinfonia de uma grande cidade (Berlin, die Sinfonie der Großstadt), de Walther Ruttman (Alemanha, 1927, 67 min, livre)
O documentário mostra um dia na vida da cidade de Berlim, em seu ritmo da época, desde o amanhecer até alta noite.

Blade Runner – O caçador de andróides (Blade runner), de Ridley Scott (EUA, 1982, 117 min, 14 anos)
Com: Harrison Ford, Sean Young, Daryl Hannah
Em 2019, uma corporação desenvolve uma tecnologia para criar clones humanos, os replicantes, que são utilizados como escravos em outros planetas. Quando um grupo de replicantes se rebela na Terra, o ex-policial Deckard é convocado para caçá-los e exterminá-los.

Blow up – Depois daquele beijo (Blow up), de Michelangelo Antonioni (Inglaterra, Itália, EUA, 1966, 111 min, 16 anos)
Com: David Hemmings, Vanessa Redgrave, Sarah Miles
Thomas é um fotógrafo de moda que não suporta mais o mundo em que vive, no qual jovens mulheres o perseguem para serem fotografadas na esperança de se tornarem grandes modelos. Um dia, ao passar por um parque de Londres, ele vê um casal a distância e resolve fotografá-los. Ao vê-lo, Jane corre ao seu encontro, pedindo que lhe entregue os negativos das fotos. Ele se recusa e vai embora, mas ela descobre o endereço de seu estúdio e vai visitá-lo. Lá Jane tenta seduzi-lo, e Thomas a engana, entregando outro rolo fotográfico. Ao revelar as fotos, Thomas percebe que pode ter documentado, sem querer, um assassinato.

Brasília segundo Feldman, de Vladimir Carvalho (Brasil, 1979, 20 min, livre)
Documentário que reúne materiais filmados pelo designer americano Eugene Feldman, em sua visita à Brasília na época de construção da cidade. Com depoimentos de pioneiros sobre as condições de vida dos candangos, retrata também a falta de segurança dos trabalhadores, pressionados pelo ritmo das obras.

Brasília, contradições de uma cidade nova, de Joaquim Pedro de Andrade (Brasil, 1967, 45 min, livre)
Imagens de Brasília em seu sexto ano e entrevistas com diferentes categorias de habitantes da capital. Uma pergunta estrutura o documentário: uma cidade inteiramente planejada, criada em nome do desenvolvimento nacional e da democratização da sociedade, poderia reproduzir as desigualdades e a opressão existentes em outras regiões do país?

Crepúsculo dos deuses (Sunset Boulevard), de Billy Wilder (EUA, 1950, 110 min, livre)
Com: William Holden, Gloria Swanson, Erich von Stroheim, Nancy Olson, Fred Clark
Um assassinato. Joe Gillis, um roteirista fugindo de representantes de uma financeira que lhe cobravam pagamento, se refugia em uma decadente mansão, cuja proprietária, Norma Desmond, é uma estrela do cinema mudo. Quando Norma tem conhecimento de que Joe é roteirista, contrata-o para revisar o roteiro de “Salomé”, que marcaria o seu retorno às telas. O roteiro era insuportável, mas o pagamento era bom. No entanto, o que o destino lhe reservava não seria nada agradável.

Crônicas de um verão (Chronique d’un été), de Jean Rouch e Edgar Morin (França, 1960, 85 min, livre)
Paris, verão de 1960. O cineasta e etnólogo Jean Rouch, acompanhado pelo sociólogo Edgar Morin, leva sua câmera às ruas para coletar as respostas dos pedestres à pergunta: “Você é feliz?”. No entanto, aquilo que começa como uma simples enquete logo se transforma em um ambicioso e imprevisível retrato de um grupo heterogêneo composto por jovens estudantes, operários e imigrantes, que expõem suas concepções sobre a vida e a política, suas dúvidas e angústias, seus cotidianos. Ao fim deste processo, os realizadores reúnem os entrevistados para registrar suas reações à projeção do material filmado, momento em que as fronteiras entre verdade e ficção são postas em crise.

Do outro lado (Auf der anderen Seite), de Fatih Akin (Alemanha, Turquia, 2007, 122 min, 14 anos)
Com: Nurgül Yesilçay, Baki Davrak, Tuncel Kurtiz, Hanna Schygulla
Três famílias – duas turcas e uma alemã –, com seus membros espalhados entre os dois países têm seus destinos entrelaçados. Yeter é uma prostituta quarentona turca que vive na Alemanha. Ela envia dinheiro para sua filha, Ayten, uma ativista política que vive em Istambul, na Turquia. Nejat é um professor numa universidade alemã; seu pai, Ali, é um turco aposentado que inicia um romance com a prostituta Yeter. Lotte é uma jovem estudante universitária que vive com sua mãe, Susanne, na Alemanha.

Era uma vez em Tóquio (Tokyo Monogatari), de Yasujiro Ozu (Japão, 1953, 136 min, 14 anos)
Com: Chishu Ryu, Chieko Higashiyama, Setsuko Hara, Sô Yamamura, Kyôko Kagawa
Casal de idosos viaja a Tóquio, onde pretende visitar os filhos que há anos não veem. Porém, todos são muito atarefados e não têm tempo para dar-lhes atenção. Quando sua mãe fica doente, os filhos vão visitá-la junto com a nora de seu falecido filho mais novo, e complexos sentimentos são revelados entre eles.

Fale com ela (Hable con ella), de Pedro Almodovar (Espanha, 2002, 112 min, 14 anos)
Com: Javier Cámara, Darío Grandinetti, Rosario Flores, Leonor Watling, Geraldine Chaplin
Na plateia de um espetáculo de Pina Bausch, dois espectadores sentam-se casualmente lado a lado. Um deles é Benigno, um jovem enfermeiro; o outro é Marco, um escritor de 40 e poucos anos. Durante a peça The fairy queen, de Henry Purcell, Marco se emociona e começa a chorar. Benigno observa as lágrimas do homem que senta ao seu lado e sente certa compaixão pelo estranho. Chega a sentir vontade de dizer-lhe que também está emocionado, mas não chega a fazê-lo. Meses depois, os dois se encontram novamente na clínica El Bosque, na qual Benigno trabalha. Dessa vez, o que os une é a tragédia. A noiva de Marco, Lydia, uma toureira profissional, está internada, em coma. O enfermeiro cuida de Alicia, uma jovem bailarina, que está no mesmo estado. Depois desse segundo encontro, tem início uma grande amizade entre os dois homens.

Hiroshima, meu amor (Hiroshima, mon amour), de Alain Renais (França, 1959, 90 min, 16 anos)
Com: Emmanuelle Riva, Eiji Okada
Em 1959, uma jovem francesa passa a noite com um japonês em Hiroshima, onde participa de um filme sobre a paz. Ele a faz lembrar de seu primeiro amor, um soldado alemão que conheceu durante a Segunda Guerra Mundial.

Los Angeles, cidade proibida (LA Confidential), de Curtis Hanson (EUA, 1997, 138 min, 18 anos)
Com: Kevin Spacey, Russell Crowe, Guy Pearce, James Cromwell, Kim Basinger
No início dos anos 1950, em Los Angeles, três detetives que usam métodos distintos de trabalho se defrontam com uma trama de conspiração e corrupção policial, que atinge até os mais altos escalões. Em um esquema de prostitutas de luxo, cada uma delas personifica uma estrela de cinema.

Manhattan (Manhattan), de Woody Allen (EUA, 1979, 96 min, 12 anos)
Com: Woody Allen, Diane Keaton, Michael Murphy, Mariel Hemingway, Meryl Streep
Um escritor de meia-idade divorciado se sente em uma situação constrangedora quando sua ex-mulher decide viver com uma amiga e publicar um livro, no qual revela assuntos muito particulares do relacionamento deles. Neste período ele está apaixonado por uma jovem de 17 anos, que corresponde a este amor. No entanto, ele sente-se atraído por uma pessoa mais madura, a amante do seu melhor amigo, que é casado.

Memórias do subdesenvolvimento (Memorias del subdesarrollo), de Tomás Gutiérrez Alea (Cuba, 1968, 97 min, 14 anos)
Com: Sergio Corrieri, Daisy Granados, Eslinda Núñez, Omar Valdés, René de la Cruz
Uma obra crítica criada em pleno momento utópico da Revolução Cubana. Do triunfo da revolução à crise com os EUA, à beira de uma guerra. A história de um intelectual de classe média, Sérgio, que não está a favor do processo, mas não é um contrarrevolucionário.

Metrópolis (Metropolis), de Fritz Lang (Alemanha, 1927, 120 min, 12 anos). Cópia com legendas em espanhol.
Com: Alfred Abel, Gustav Fröhlich, Brigitte Helm, Rudolf Klein-Rogge
Em um futuro distante, o mundo está sob o comando dos poderosos, que isolaram os mais pobres no subsolo como se fossem seus escravos, para que trabalhassem em prol dos mesmos. Comandados por Freder Fredersen, os operários são obrigados a trabalhar sem parar para que a cidade não pare. No entanto, um movimento de trabalhadores resolve ir à superfície da cidade.

Milagre em Milão (Miracolo a Milano), de Vittorio de Sica (Itália, 1948, 112 min, 12 anos)
Com: Emma Gramatica, Francesco Golisano, Paolo Stoppa, Guglielmo Barnabò
Após a morte de sua mãe adotiva, um garotinho vive em um orfanato até os 18 anos, quando se muda para Milão. Descobre petróleo no terreno onde mora com alguns miseráveis, mas, diante das ameaças de reintegração de posse do proprietário, sua única saída são os milagres que passa a fazer após receber um presente dos céus.

Nunca aos domingos (Pote tin kyriaki), de Jules Dassin (Grécia, 1960, 91 min, 14 anos)
Com: Melina Mercouri, Jules Dassin
As relações entre uma prostituta grega e um escritor americano, que tenta tirá-la de seu ofício, da liberdade, do amor, da alegria de viver.

O homem com a câmera (Chelovek s kinoapparatom), de Dziga Vertov (Rússia, 1929, 69 min, livre)
Moscou e seus moradores. Imagens da União Soviética no começo do século XX, mostrando cenas urbanas, do cotidiano e da intimidade de seus cidadãos.

O homem nu, de Hugo Carvana (Brasil, 1997, 78 min, 14 anos)
Com: Cláudio Marzo, Lúcia Veríssimo, Daniel Dantas, Isabel Fillardis, Maria Zilda Bethlem
O pesquisador Sílvio Proença, 45 anos, a caminho de São Paulo para lançar seu livro, não viaja. Encontra velhos amigos no aeroporto e acaba passando a noite fora. No dia seguinte, ainda tentando recompor os acontecimentos da noite, vai pegar o pão na porta do apartamento onde acordou. A porta bate e o deixa no corredor, pelado e com o pão na mão. Descoberto pelos vizinhos, foge e vai encontrando novos perseguidores, indignados com seu atentado ao pudor. A notícia se espalha, e o homem nu vira manchete.

O jogador (The player), de Robert Altman (EUA, 1998, 124 min, 14 anos)
Com: Tim Robbins, Greta Scacchi, Whoopi Goldberg, Peter Gallagher, Lyle Lovett, Fred Ward, Bruce Willis, Julia Roberts, Burt Reynolds
Um produtor de Hollywood recebe ameaças por seus fracassos de bilheteria e acaba cometendo um assassinato diante de sua crescente paranóia. Ele precisará enganar a polícia e escapar das investigações sobre o crime.

O silêncio de Lorna (Le silence de Lorna), de Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica, 2008, 105 min, 14 anos)
Com: Arta Dobroshi, Olivier Gourmet, Morgan Marinne, Jérémie Renier, Fabrizio Rongione, Alban Ukaj
Para que possa abrir o seu próprio negócio, Lorna, uma jovem albanesa que vive na Bélgica, aceita participar de um plano diabólico inventado por Fabio, que orquestrou um matrimônio entre ela e Claudy. O casamento permite que ela obtenha a cidadania belga e logo possa se separar e casar com um mafioso russo. Contudo, para que este isso seja possível, Fabio planejou matar Claudy. Será que Lorna ficará em silêncio?

Rio, Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos (Brasil, 1957, 90 min, 12 anos)
Com: Grande Otelo, Jece Valadão, Paulo Goulart, Maria Petar, Malú, Vargas Júnior
Ao cair do vagão de um trem de subúrbio lotado, o compositor de sambas Espírito da Luz Soares fica gravemente ferido e aguarda ser socorrido na linha férrea. Semi-inconsciente, revive diversos momentos de sua vida.

Roma, cidade aberta (Roma città aperta), de Roberto Rosselini (Itália, 1945, 97 min, 16 anos)
Com: Aldo Fabrizi, Anna Magnani, Marcello Pagliero, Vito Annichiarico
Entre 1943 e 1944, Roma, sob ocupação nazista, é declarada “cidade aberta”, para evitar bombardeios aéreos. Nas ruas, comunistas e católicos deixam suas diferenças de lado para combater os alemães e as tropas fascistas.

Sammy e Rose (Sammy and Rosie get laid), de Stephen Frears (Inglaterra, 1987, 101 min, 18 anos)
Com: Shashi Kapoor, Claire Bloom, Frances Barber, Ayub Khan-Din, Roland Gift
Rafi, um velho político paquistanês, volta a Londres, onde viveu décadas atrás, para escapar de seu passado de envolvimento com a repressão política em seu país e se hospeda na casa de Sammy, seu filho, num bairro semidestruído por contínuos conflitos políticos e raciais. Sammy e Rosie, sua mulher, têm amantes, amigas lésbicas, amigos traficantes e militantes políticos, o que torna difícil para Rafi viver em seu apartamento. A Inglaterra da Era Thatcher, o neoliberalismo da Dama de Ferro inglesa e a desconstrução do estado de bem-estar social do país.

São Paulo S.A., de Luís Sérgio Person (Brasil, 1965, 107 min, 12 anos)
Com: Walmor Chagas, Eva Wilma, Darlene Glória, Ana Esmeralda, Otello Zeloni
São Paulo vive a euforia desenvolvimentista provocada pela instalação de indústrias automobilísticas estrangeiras no Brasil, no final dos anos 1950. Carlos, um jovem da classe média paulistana, ingressa numa grande empresa. Logo depois, ele aceita um cargo numa fábrica de autopeças, da qual se torna gerente e cujo patrão é sonegador de impostos e tem várias amantes. A certa altura, ele é um chefe de família que trabalha muito, ganha bem, mas vive insatisfeito. Sem um projeto de vida ou perspectivas para mudar a condição que rejeita, só lhe resta fugir.

Scarface, a vergonha de uma nação (Scarface), de Howard Hawks (EUA, 1932, 93 min, 14 anos)
Com: Paul Muni, Ann Dvorak, Karen Morley
Tony Camonte, um pistoleiro de origem italiana, ignorante e sem escrúpulos, é o sucessor de Johnny Lovo, o mafioso mais poderoso de Chicago. Ambicioso e cruel, Camonte, que, por ter uma cicatriz que lhe atravessa o rosto, passa a ser chamado de Scarface, começa a eliminar os inimigos de Lovo até que, com a ajuda de seu amigo Gino Rinaldo, lhe rouba o poder e se torna o chefe da máfia da cidade.

Sombras (Shadows), de John Cassavetes (EUA, 1959, 87 min, 10 anos)
Com: Ben Carruthers, Lelia Goldoni, Hugh Hurd
Nos anos 1950, na cidade norte-americana de Nova York, Lelia, de pele moreno-clara, apaixona-se pelo branco Tony. O relacionamento começa a desmoronar quando ele conhece os irmãos da moça, todos negros.

Sur, amor e liberdade (Sur), de Fernando Solanas (Argentina, 1988, 127 min, 16 anos)
Com: Susú Pecoraro, Miguel Ángel Solá, Philippe Léotard, Lito Cruz, Ulises Dumont
1983, fim da ditadura militar. Floreal finalmente sai da prisão, tarde da noite. Durante cinco anos, sua mulher esperou que regressasse, mas a noite será comprida e os reencontros sempre retardados. O casal, como o país, mudou; ambos querem voltar a encontrar a esperança e a liberdade.

Último tango em Paris (Last tango in Paris), de Bernardo Bertolucci (Itália, França, 1972, 136 min, 14 anos)
Com: Marlon Brando, Maria Schneider, Maria Michi, Giovanna Galletti
Enquanto procura um apartamento em Paris, uma bela jovem conhece um americano, cuja esposa recentemente cometeu suicídio. Instantaneamente um deseja o outro e iniciam naquele momento um intenso affair. Eles combinam que não revelariam nada de suas vidas, nem mesmo seus nomes, e que o objetivo dos encontros seria basicamente sexo. Mas gradativamente os acontecimentos vão fugindo do controle.

Um corpo que cai (Vertigo), de Alfred Hitchcock (EUA, 1958, 129 min, 14 anos)
Com: James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel Geddes
Em São Francisco, um detetive aposentado, que sofre de um terrível medo de altura, é encarregado de vigiar uma mulher com possíveis tendências suicidas, até que algo estranho acontece nessa missão.





Serviço

Insituto Moreira Salles – Rio de Janeiro-RJ
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Telefone: 21 3284-7400

Capacidade da sala: 113 lugares
Ingressos:
De terça a domingo: R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia)
Ingressos disponíveis também em www.ingresso.com


Para receber informações sobre os eventos na área de Cinema do IMS envie um e-mail solicitando o cadastro para cinema@ims.com.br com os seguintes dados: nome completo, profissão e e-mail.

SEMINÁRIO BRASÍLIA: IMAGEM, IMAGINÁRIO

Com o intuito de despertar novas possibilidades de ver e pensar Brasília com base na relação da cidade com a arquitetura, as artes plásticas, a fotografia, a história e a literatura, o Centro Cultural do Instituto Moreira Salles no Rio de Janeiro promove, nos dias 25, 26, 27 e 28 de maio, às 19h, o seminário Brasília: imagem, imaginário. Os encontros contam com a participação de Paulo Mendes da Rocha, Ronaldo Brito, Caio Reisewitz, Tadeu Chiarelli, Lorenzo Mammì, entre outros.


Com organização da crítica e historiadora da arquitetura Ana Luiza Nobre, esse ciclo de debates tem como objetivo renovar a reflexão sobre a capital brasileira e explorar o imaginário construído ao longo do tempo em torno da cidade.

Os encontros são gratuitos, e senhas serão distribuídas com 1 hora de antecedência.

Paralelamente a este seminário, o IMS-RJ apresenta a exposição As construções de Brasília.



PROGRAMAÇÃO

25/5 – terça-feira, 19h
Mesa-redonda
Tema: O espaço Brasília
- Paulo Mendes da Rocha – arquiteto
- Ronaldo Brito – crítico de arte, professor do Departamento de História da PUC-Rio
- Ana Luiza Nobre (moderadora) – crítica e historiadora da arquitetura, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio

26/5 – quarta-feira, 19h
Mesa-redonda
Tema: O instante Brasília
- Mauro Restiffe – fotógrafo
- Caio Reisewitz – fotógrafo
- Tadeu Chiarelli – crítico e historiador da arte, professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

- Heloisa Espada – historiadora da arte e coordenadora de Artes Visuais do IMS
- Sergio Burgi (moderador) – coordenador de Fotografia do IMS


27/5 – quinta-feira, 19h
Mesa-redonda
Tema: Brasília, sol e sombra
- Lorenzo Mammì – filósofo e crítico de arte, professor da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
- Adrián Gorelik – arquiteto e historiador, professor da Universidade Nacional de Quilmes, Buenos Aires, Argentina
- João Masao Kamita (moderador) – arquiteto e historiador, professor do Departamento de História da PUC-Rio

28/5 – sexta-feira, 19h
Sessão de leitura de textos literários
Título: Dizendo Brasília
- Eucanaã Ferraz – poeta e consultor de Literatura do IMS
- Nicolas Behr – poeta
- Renata Sorrah – atriz




Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: 21 3284-7400


http://ims.uol.com.br

Livro de josé Wilian Vesentini

Olha O livro de José Willian Vesentini em formato pdf

http://www.geocritica.com.br/Arquivos%20PDF/LIVRO01.pdf

tese de Doutorado da UFPR

Antônio Elísio Garcia Sobreira


Pedadogia Anarquista e o Ensino de Geografia : Conquistando Cotas de Liberdade
(tese doutorado)


http://rapidshare.com/files/373576045/cp108189.pdf.html

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Rede municipal participará de audiência pública sobre desvios de verbas da educação municipal

Rede municipal participará de audiência pública sobre desvios de verbas da educação municipal

A assembléia geral da rede municipal, realizada no dia 15 de maio, no Sepe, decidiu que a categoria vai se mobilizar para participar de uma audiência pública na Câmara de Vereadores sobre a não aplicação do índice de 25% da arrecadação no setor da educação pública municipal. Para a audiência serão convocados representantes do governo municipal, que terão que explicar para os vereadores a inclusão da prefeitura do Rio no CAdastro Único de Convênios (CAUC), do governo federal, por que o município não vem aplicando os 25% no setor educacional nos últimos anos. Recentemente, a Justiça Federal negou um recurso impetrado pela prefeitura para retirar o município do cadastro. Com a decisão, o município fica impedido de renovar contratos que permitem o pagamento de benefícios, como o Bolsa Família e o recebimento de investimento voluntário por parte do Tesouro Nacional.

A denúncia só vem confirmar as acusações que o Sepe tem feito ao longo dos últimos anos sobre o desvio por parte do governo municipal das verbas da educação.´

O juiz Flávio Oliveira Lucas, da 18ª Vara Federal proferiu a sentença cassando uma liminar favorável ao município e condenando-o a ser incluído no CAUC. NO entendimento do magistrado, a prefeitura informava erroneamente a aplicação em Educação do chamado ganho do Fundeb. Em vez de investir 25% da arrecadação dos impostos na área, o governo municipal tem informado que gasta em educação as verbas detinadas por outros órgãos para o fundo.

O desvio vem ocorrendo desde 1998, mas só agora houve derrota na Justiça. O Tribunal de Contas do Município já aponta a discrepância há cinco anos em pareceres sempre ignorados pela prefeitura. Segundo a vereadora Andréa Gouvea Vieira, nesse período a Educação municipal deixou de receber R$ 6 bilhões. Em 2009, foram aplicados a menos R$ 600 milhões.

Fonte: Sepe-RJ.

http://www.seperj.org.br/site/informativos/index.php?id=1287

terça-feira, 18 de maio de 2010

1º Colóquio Território Autônomo - Um olhar libertário sobre práticas espaciais, economia e cultura

CONVITE


1º Colóquio Território Autônomo - Um olhar libertário sobre práticas espaciais, economia e cultura



Entendido em sentido amplo e não sectário, o pensamento libertário compreende uma multiplicidade de correntes e perspectivas, do anarquismo clássico ao autonomismo. O que elas têm em comum é, sobretudo, a objeção simultânea ao status quo capitalista (e a todo o cortejo de opressões constantemente reproduzidas em nossas sociedades: exploração de classe, racismo, patriarcalismo etc.) e ao “socialismo” burocrático e seus pressupostos autoritários.


Gostaríamos de convidar todos os cientistas sociais (geógrafos e não geógrafos) interessados em discutir e construir alternativas, tanto teóricas quanto de engajamento, a partir de uma tal perspectiva, para participar do Primeiro Colóquio Território Autônomo − Um olhar libertário sobre práticas espaciais, política, economia e cultura, organizado pelo Núcleo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NuPeD) da UFRJ, que será realizado nos dias 26 e 27 de outubro de 2010, no Rio de Janeiro.

Mais informações no blog do evento: http://territorioautonomo.wordpress.com/ ou pelo endereço eletrônico coloquioterritorioautonomo@gmail.com .

Concurso literário

Estão abertas as incrições para o concurso literário da FLIP 2010. Alem dessa veja outros concursos no site.

abraços

http://www.concursosliterarios.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=330

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O IHGB disponibiiliza suas revistas no site

É isso mesmo galera, ótima notícia. Segue o site:


http://www.ihgb.org.br/rihgb.php

A Geografia na sala de aula: a importância dos materiais didáticos

A Geografia na sala de aula: a importância dos materiais didáticos

Sueli Ângelo Furlan1

Mesmo antes do ingresso na escola, a criança observa, pergunta e procura explicar o mundo em que vive. Esse modo de ler nosso dia-a-dia está impregnado de Geografia. Na escola é importante que o aluno possa ampliar, rever, reformular e sistematizar as noções que construiu, de forma espontânea, através da aprendizagem de conteúdos da Geografia.

Esse processo de ampliação, reformulação e sistematização é sempre inacabado ao longo da vida de uma pessoa, mas a escola tem um papel importante na sua consolidação. A Geografia como leitura do mundo que vivemos é uma construção gradativa, que ocorre na escola, à medida que os alunos aprendem a observar, perguntar-se sobre o que observam, descrever, comparar, construir explicações, representar e espacializar acontecimentos sociais e naturais de forma cada vez mais ampla, considerando dimensões de tempo e do espaço.

Por isso o ensino de Geografia não se restringe à exposição do professor, à leitura do livro didático, à memorização de conceitos ou às respostas de questionários. É algo muito mais complexo e desafiador. Envolve a compreensão de um modo de pensar e explicar o mundo, pautada em noções, conceitos, procedimentos e princípios através dos quais os fatos são estudados e contextualizados no tempo e no espaço.

Para promover a ampliação do conhecimento dos alunos a respeito de temas cuja relevância é de inquestionável valor para a sociedade atual, os materiais didáticos são fundamentais no trabalho do professor.

Em Geografia, os conteúdos trabalhados enfocam, explícita ou implicitamente, temas relacionados à sociedade e à natureza e isto é um grande desafio para esse campo do conhecimento e, do mesmo modo, para o trabalho escolar. Por exemplo: qual deve ser a abordagem geográfica do estudo do clima no Ensino Fundamental? Sabemos que para entender os fenômenos climáticos, necessitamos conhecer a natureza desses fenômenos, ou seja, como o clima acontece. Mas em Geografia é preciso também entender como o clima se relaciona com a nossa vida. Como o clima está relacionado com a agricultura, com as cidades, com a saúde e como as práticas sociais interferem no clima? Como tratar do clima buscando essa articulação dos conhecimentos científicos, transformando-os em conhecimentos escolares? Em primeiro lugar, é preciso ter claro que os temas geográficos sempre buscam um enfoque socioambiental. Portanto, não se deve separar o estudo do clima (como fenômeno da natureza) do estudo social (das interações humanas com o clima). Por outro lado, os estudos geográficos não podem deixar de enfocar a sociedade e a integração com outras áreas. Além disso, os estudos escolares devem promover também a ampliação dos conhecimentos sobre ética, trabalho e consumo, saúde, pluralidade cultural e a diversidade ambiental que caracterizam nosso país e o mundo.

O trabalho do professor de Geografia precisa ser ancorado por uma ampla variedade de materiais que possibilitem planejar boas situações didáticas, buscando essa articulação ampla de conteúdos que acabamos de citar. Criar situações que permitam que os alunos possam progredir em suas aprendizagens sobre o mundo e sua própria vida nas diferentes paisagens que compõem esse mundo é a “meta geográfica” da sala de aula. Portanto, os materiais devem promover discussões e favorecer o desenvolvimento de uma atitude propositiva perante os temas abordados. Podem conter ou permitir ao professor planejar atividades em que os alunos são convidados a informar, comunicar e influenciar colegas, funcionários da escola, os familiares e a comunidade mais ampla na sua compreensão de que todos fazem parte dos assuntos e problemas discutidos pela escola, tais como a conservação ambiental, a relação entre qualidade de vida e saúde, a valorização da pluralidade cultural e da diversidade ambiental, o ingresso no mundo do trabalho e as desigualdades socioeconômicas.

Os materiais escolhidos pelos professores para o seu trabalho didático podem também dar ênfase aos temas que possibilitem a criação de projetos que envolvam mudanças de atitudes e discussão dos valores dos próprios alunos. Para isso, costumamos dizer que o professor de Geografia não deve restringir o seu trabalho ao uso de um único tipo de material, por exemplo o livro didático.

Já é comum observar, no trabalho com a Geografia na sala de aula, quase sempre ancorado pelo livro didático, a necessidade do uso de diferentes materiais. O que é menos freqüente observar é a criação pelo professor de situações em que ele seja protagonista de suas próprias seqüências didáticas. Explicando melhor: por exemplo, o uso de uma fonte textual de revista ou de jornal pode ser objeto de trabalho dos alunos como leitura de aprofundamento, leitura de informação de atualidade, ou mesmo como fonte de problematização de um tema de pesquisa. No entanto, muitas vezes o uso dessa fonte se faz sem que o professor estabeleça objetivos para este uso, considerando o planejamento de uma seqüência de atividades pensadas e coerentes com os objetivos de aprendizagem, ou seja, do planejamento de uma situação em que este material faça parte de suas estratégias de trabalho a partir desses objetivos. Prevalece um uso espontaneísta dos materiais, como se eles dessem conta de “ensinar sozinhos”. Defendemos que qualquer material didático precisa entrar na sala de aula dentro de um planejamento que permita ao aluno desenvolver conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais através do seu uso. Tradicionalmente, os materiais têm sido mais utilizados como fonte de informação conceitual e muito menos como meios, nos quais o fazer de alunos e professores se combinem para que o aluno possa confrontar conhecimentos, desenvolver habilidades, problematizar questões geográficas, etc. Os materiais podem e devem promover a aprendizagem, pois podem envolver os alunos em situações concretas de estudo, cuja realização implica a aprendizagem de procedimentos, valores e atitudes característicos do ofício de estudante.

O professor de Geografia tem, neste sentido, uma ampla variedade de fontes documentais que pode utilizar. Vamos discuti-las brevemente caso a caso.

Uso de fontes textuais

Ø O livro didático como fonte de informação e material de leitura

livro didático tem sido o material mais freqüente no cotidiano escolar do aluno. O livro é usado de diferentes maneiras: como fonte de informação, como seqüência de conteúdos, às vezes até como currículo e, muitas vezes, como seqüência didática. Em relação a isto, o livro guarda em si mesmo uma enorme responsabilidade. Deve ser fonte atualizada de informações, conter textos de boa qualidade, propor atividades interessantes e que permitam o conhecimento geográfico estudado se ajustar ao conhecimento do aluno. Com essa ampla tarefa, o livro, em seus limites restritos, efetivamente não pode cumprir sozinho todas as expectativas depositadas nele.

Neste sentido, o livro didático é o principal material de sala de aula, mas oferece um contexto fragmentado e muitas vezes superficial no qual o professor pode e deve se pautar para definir sua estratégia de trabalho, mas nunca adotá-lo como o único material. Uma primeira iniciativa, ainda difícil, é conceber o livro sem linearidade. Não é preciso seguir o livro página a página, capítulo a capítulo. Embora os livros, em sua maioria, tenham sido pensados pelos autores para serem usados como seqüência de conteúdos, o professor tem autonomia e liberdade de planejar o seu trabalho a partir de recortes necessários à sua turma de alunos. Vale lembrar ao professor o seu papel de mediador entre os alunos e as fontes de informação utilizadas no processo de aprendizagem. Eventualmente, pode ocorrer de os alunos não compreenderem ou não conhecerem o significado de um assunto, de um texto, ou do vocabulário específico da Geografia que está no livro. Cabe ao professor, como mediador do livro, ajudá-los a resolver as dúvidas lingüísticas, orientar procedimentos de busca de novas informações, comparar idéias a respeito do tema, debater com os colegas, etc.

É possível flexibilizar a seqüência de conteúdos proposta nos livros didáticos de Geografia e permitir, por exemplo, que o tema urbanização dialogue como tema da água, ou das enchentes e bacias hidrográficas. Para isto, o professor tem que intervir e planejar seqüências didáticas que não estão prontas nos livros didáticos. Ele pode lançar mão de uma variedade de materiais complementares que possam ser trabalhados junto com o livro, tais como outras fontes documentais.

Ø Outras fontes documentais: Revistas e jornais, na pesquisa e debate de informações geográficas, temas de atualidade.

O trabalho com documentos é especialmente importante no ensino de Geografia, pois através deles os alunos podem compreender o conhecimento geográfico enquanto elaboração humana, realizada por pessoas em determinados contextos. Para conhecer a paisagem, ler sobre ela, é preciso ter acesso a fontes documentais, que forneçam pistas para aquele que realiza a pesquisa construir seu conhecimento. As revistas e jornais além de outras fontes documentais, tais como livros de arte, álbum de fotografias, cartões postais, relatos de memórias, livros de cartas, livros de literatura, biografias, etc. fornecem aos professores uma diversidade de documentos que podem ser articulados ao uso do livro didático no estudo de temas geográficos.

É importante, nessa articulação, ressaltar que os documentos não representam a verdade sobre uma determinada época ou lugar. Eles revelam ou fornecem pistas para aqueles que os consultam parte da realidade passada ou presente. Estão impregnados pelos valores de quem os produziu. O aluno precisa, neste sentido, conhecer sempre quem escreveu aquilo que ele está lendo, em que época, em que contexto e para quem escrevia. Por isso, é fundamental ensinar os alunos a ter uma posição mais interrogativa e crítica frente aos documentos, incentivando-os a refletir sobre as intenções daqueles que os elaboraram. O professor, ao permitir que as revistas e jornais entrem na sala de aula, deve propor aos alunos pesquisarem informações adicionais que os ajudem a contextualizar os documentos oferecidos a eles. Existem muitas revistas de geografia que podem ser adquiridas em banca de jornal ou por assinatura, portanto esse material pode se tornar menos raro na escola. O hábito de uso da revista deve ser mais incentivado. Ainda é muito pouco freqüente esse hábito entre os professores.

Ø Livros paradidáticos abordagem temática de aprofundamento de conteúdos

Esse material vem sendo cada vez mais utilizado nas escolas, pois cumpre o papel de aprofundamento conceitual que o livro didático muitas vezes não consegue alcançar. Existem coleções paradidáticas de Geografia para todas as etapas da escolaridade, que oferecem seqüências de conteúdos muito boas para desenvolvimento do trabalho, por exemplo, com projetos. Neste caso as resenhas, os fichamentos e a leitura têm sido os hábitos mais difundidos no uso destes materiais. Algumas coleções têm sido adotadas para atuar no papel central de material didático de sala de aula, ou seja, substituindo o livro didático, mas isso é mais difícil na escola pública. O papel dessas coleções tem sido possibilitar a abordagem temática de conteúdos de Geografia e, muitas vezes, são usadas como material de atualidades. A leitura é a prática mais comum, no entanto as mesmas observações feitas para os livros didáticos valem para esse material, ou seja, o professor é sempre seu mediador, o material não precisa ter um uso linear.

Ø Produção de textos como fonte documental os textos produzidos pelos alunos.

O material produzido por alunos e professores constitui-se uma valiosa fonte documental. Muitas vezes a consolidação de conhecimentos inéditos sobre os lugares acontece quando o próprio grupo produz. No Brasil não existem informações sobre os lugares e suas paisagens e a escola é o lócus privilegiado de produção deste conhecimento. Textos, coleções de mapas, documentação fotográfica podem ser produzidos para serem revisitados, questionados e ao mesmo tempo formar uma memória documental dos diferentes lugares do Brasil. Normalmente não se valoriza tanto essas produções como aquelas que recebem tratamento editorial mais comercial, mas o que os professores muitas vezes não sabem é que livros didáticos e paradidáticos muitas vezes nascem destes materiais. Hoje, com os recursos da informática podemos melhorar a qualidade editorial dessas produções, utilizando softwares para produção de textos e trabalho com multimídia. Isto depende, no entanto, de investimentos na infra-estrutura escolar. A produção de material didático escolar deve ser valorizada pela própria escola. O seu uso, evidentemente, deve partir dos mesmos princípios pedagógicos comentados anteriormente.

Uso dos mapas

Ø O uso dos mapas em diferentes situações didáticas

A leitura espacial é uma aprendizagem específica para a Geografia. Todas as pessoas têm noções espaciais, mas a Geografia em particular é a ciência que sistematiza os procedimentos de leitura e escrita da linguagem cartográfica. A cartografia é um meio de transmissão de informação. Estamos deixando para trás a época em que, na escola, somente se copiavam mapas, pela simples razão de copiá-los, não objetivando a análise das relações que ocorrem no espaço geográfico, ou mesmo não discutindo as intenções de quem produziu estes mapas.

A cartografia escolar, além de constituir um recurso visual muito utilizado, oferece aos professores a possibilidade de trabalhar em três níveis:

1. Localização e análise – Quando se trata um fenômeno em particular e procura-se lê-lo espacialmente. Por exemplo, a distribuição das chuvas no Brasil, a ocorrência de florestas tropicais, os tipos de solos, as regiões mais populosas, etc.

2. Correlação - São muitas as situações em que os professores podem combinar duas cartas de análise para correlacionar simultaneamente dois fatos. Por exemplo, a ocorrência de florestas tropicais e a distribuição das chuvas no Brasil.

3. Síntese – Ao se reunir vários mapas de análise, estamos realizando uma síntese. Por exemplo, o professor pode juntar os mapas de chuvas no Brasil, florestas tropicais e população para discutir os problema do desmatamento ou erosão dos solos.

O Atlas, em geral, contém mapas analíticos que devem ser trabalhados nos três níveis. É fundamental, no entanto que o professor inicie com as crianças pequenas oferecendo os primeiros passos da alfabetização cartográfica. Ou seja, a partir de um texto (o mapa), o aluno inicie a leitura (a linguagem do mapa). O que é fundamental neste aspecto do uso dos mapas? Em primeiro lugar, utilizar o Atlas ou mapas avulsos, aproveitando o interesse natural das crianças. Para isso, podemos utilizar inúmeros recursos visuais, desenhos, fotos, maquetes, plantas, mapas, imagens de satélite, figuras, tabelas, jogos e representações feitas por crianças, acostumando o aluno com a linguagem visual. O conteúdo programático para o estudo dos mapas é desenvolvido segundo o saber ensinado e o saber adquirido na escola ou fora dela, sendo que os temas devem ser aprofundados de forma progressiva, acompanhando o conteúdo da Geografia e o desenvolvimento da criança. O trabalho com produto cartográfico já elaborado é o trabalho que deve ser feito a partir da alfabetização cartográfica.

Em geral, da 5a série em diante o professor deve buscar a leitura de mapas para formar um leitor crítico ou mapeador consciente ao final do processo do Ensino Fundamental.

O uso do mapa quotidianamente na sala de aula favorece o trabalho nesta direção. Podemos dizer que toda aula de Geografia deve se apoiar em mapas. O problema básico que o professor tem a enfrentar é o da percepção que o aluno tem sobre um determinado fenômeno, portanto sua percepção individual, sua leitura individual daquele espaço, sua criatividade e seu processo de cognição.

A utilização de croqui nos três níveis propostos tem sido uma prática valiosa para o desenvolvimento da representação figurativa e ajuda o aluno a se colocar despojadamente diante dos mapas que, muitas vezes, exigem níveis de aquisições de leitura e escrita cartográfica que só se concretizam com o tempo. Pode-se ensinar, por exemplo, a elaboração de croquis de localização, de correlação e síntese.

Ø Mapas e o estudo do Meio

Cada paisagem é um todo, que pode ser compreendido desde as suas partes. Enquanto totalidade, as paisagens envolvem componentes naturais e humanos e, sobretudo, a maneira como apreendemos esses componentes.

Na leitura da paisagem, nos aproximamos de diversas e não raras vezes diferentes e divergentes maneiras de apreensão e compreensão da paisagem, expressas nos sentimentos e na memória das pessoas, nos textos científicos sobre o lugar, na literatura, no modo de vida das pessoas. Essa apreensão está relacionada também às nossas referências, ou seja, àquilo que conhecemos de antemão, às nossas vivências, à nossa maneira de perceber e compreender o mundo. Alguns procedimentos, entretanto, nos são comuns.

Ao entrar em contato com uma paisagem, procuramos observá-la, descrevê-la, compará-la com aquilo que conhecemos, explicá-la. Esses procedimentos, na escola, devem ser ampliados. É preciso ensinar os alunos a perceberem uma paisagem não apenas por meio daquilo que nela podemos enxergar, mas também através dos sons, das cores, dos cheiros que nela percebemos. Principalmente, devemos ensinar os alunos a olhar a paisagem buscando além daquilo que nos é mais imediato, observá-la de maneira intencional, procurando explicá-la. O estudo do meio tem sido uma maneira didática prazerosa de aprender sobre a paisagem.

Nem sempre as explicações que construímos dão conta da totalidade da paisagem. Nem sempre temos a intenção de abarcar essa totalidade. Às vezes, nos interessam apenas alguns aspectos da paisagem. Neste sentido, a produção e as representações por mapas, maquetes e croquis ampliam as possibilidades dos alunos para refletir sobre os objetos e os seus conteúdos nem sempre visíveis. Por exemplo, a leitura da paisagem por meio da representação de suas estruturas auxilia também a perceber que muitos problemas enfrentados no bairro, na cidade, no município e em outras paisagens são resultados de ações humanas, nem sempre tão explícitas. O uso dos mapas também auxilia a contextualização das paisagens em seus aspectos naturais e sociais. Por exemplo, estar ou não numa região metropolitana, estar ou não na caatinga, estar ou não nas margens de um rio sujeito a inundações. O uso dos mapas em estudos do meio para leitura de paisagens é um procedimento que permite responder o porquê das coisas e fenômenos que estão sendo lidos.

A produção de análises e correlações também auxilia a compreender a extensão das diferentes interações entre sociedade e natureza.

Ø Escrita e produção de mapas

As construções de novas fontes de leituras de assuntos estudados sínteses locais de temas estudados são fundamentais como forma de documentação dos lugares. Muitas vezes sem nenhum registro cartográfico. A produção de mapas e croquis pode representar a única fonte acessível à escola, uma vez que os produtos cartográficos oficiais são caros e mais raros. Essa produção pode ser temática, pode partir de um assunto da turma de alunos, pode ter tema de projetos coletivos, etc.

Uso da imagem

As imagens têm um papel importante no estudo da Geografia. A força das imagens nos dias atuais é inquestionável. Elas constituem material didático extremamente importante para o professor. Vale a pena ressaltar que, tradicionalmente, os materiais didáticos produzidos para os livros didáticos não trazem fontes documentais reproduzidas na íntegra, muitas vezes não atribuem autoria, nem datam as imagens. Dessa forma, restringem o acesso dos alunos à informação. Para a Geografia, as imagens são documentos que revelam intencionalidade de quem as produziu, devendo ser contextualizadas e datadas. Alguns tipos de imagens são mais usuais na sala de aula do que outros. Vamos comentar brevemente as potencialidades desses usos.

Ø Programa de vídeo utilizado em conjunto com outros materiais

O vídeo entra na sala de aula dentro de um contexto didático planejado pelo professor. Nesse sentido, ele pode ter diferentes usos.

Neste pequeno texto a seguir resumimos como o trabalho com a imagem pode ser desenvolvido pelo professor, considerando seus objetivos de ensino. Existem muitos exemplos de como a televisão ou o cinema podem entrar na sala de aula como auxiliares ou detonadores de um processo de aprendizagem.

A seguir, apresentamos dez sugestões de atividades com videoaulas propostas pela Profa. Mônica Segreto:

1. Procure desenvolver a oralidade, estimulando os alunos a falarem sobre o que viram no vídeo. No caso de filmes de ficção, sugerir, por exemplo, que os alunos modifiquem o desfecho da história, que criem outras falas para os personagens, que relacionem a história com outras.

2. Solicite que os alunos façam associações das questões levantadas pelo vídeo com o meio em que vivem (o bairro, a rua, a escola, etc.). É importante incentivar o aluno a trazer suas experiências para dentro da escola. Ao exprimir a emoção através das palavras, o aluno articula, organiza o pensamento.

3. Pode-se dramatizar as cenas mais marcantes do vídeo. Estimule a expressão musical, plástica e artística dos alunos.

4. Os vídeos podem gerar vários tipos de textos, como poesias, narrativas, relatórios, etc. Os textos podem ser organizados em jornais de sala de aula, etc.

5. Após assistir ao vídeo, observando os enquadramentos da câmera, o professor pode solicitar aos alunos para representar ou recriar os melhores momentos do vídeo.

6. Trabalhando com os sons. Chame a atenção para a música e sons do ambiente apresentados no vídeo. Faça a experiência de abaixar o volume do áudio e peça para os alunos recriarem ritmos que traduzam o clima do vídeo, por exemplo passagens mais românticas, dramáticas, cômicas, suspense, terror.

7. Simule um tribunal de julgamento com todos os seus elementos: juiz, advogado de defesa, promotor, escrivão, jurados. As idéias contidas no vídeo serão atacadas e defendidas neste tribunal.

8. Pesquise você mesmo um pouco da televisão que os seus alunos assistem. Compare as imagens dessa televisão cotidiana com aquelas que você escolher para entrar na sala de aula. Discuta com outros professores este assunto e proponha atividades conjuntas a partir das imagens.

9. Peça para os alunos uma pesquisa sobre os comerciais que conhecem. Discuta aspectos estéticos, de conteúdo e a natureza das escolhas dos alunos. Peça para os alunos criarem comerciais e discuta os objetivos de suas criações.

10. Forme equipes de reportagens na classe para entrevistar pessoas da escola sobre algum tema suscitado pelo vídeo. A partir das entrevistas, faça um jornal de sala de aula que poderá ser apresentado em uma TV feita com caixa de papelão.

Ø Fotografia: produção e leitura da imagem de uma fotografia

O trabalho com o registro fotográfico pode ser muito útil como forma de ensinar como se produz leituras através do olhar. Isto é fundamental para a Geografia, pois a representação geográfica, seja pelos mapas, fotos, vídeos, sempre coloca em jogo o autor e as técnicas. Por esta razão a sala de aula de Geografia pode conter uma farta cobertura de exemplos de tipos de documentos fotográficos, sejam eles as imagens de diferentes épocas, as fotografias produzidas pelos próprios alunos, as imagens de satélite, as fotografias aéreas, as imagens dos livros didáticos e paradidáticos, etc. O professor pode explorar esse material de várias formas, dentre elas:

ü Solicitando trabalho de interpretação de imagens, com perguntas.

ü Solicitando comentário oral ou em texto sobre as imagens.

ü Sugerindo complementação com pesquisa individual ou coletiva em outras fontes imagéticas sobre um mesmo tema, tais como nos jornais, revistas, enciclopédias, arquivos municipais, etc. Nos jornais, é muito interessante comparar como diferentes fotógrafos e editores de jornais tratam o mesmo assunto através de imagens diferentes. Provocar nos alunos a sua percepção e discutir as possíveis intencionalidades das imagens produzidas na mídia.

ü Procurando compará-las com outras fontes complementares de imagem, ou transformando em outras linguagens (por exemplo transformando uma imagem fotográfica em outra imagem sob forma de desenho, uma tabela em gráfico, comparando diferentes imagens de lugares). Atualmente, já é possível também analisar páginas da Web na Internet. Ler as notícias pelo veículo da imagem. O que elas procuram nos contar? Como podemos lê-las?

“Cada indivíduo cria sua própria imagem, mas parece existir uma coincidência fundamental entre os membros de um mesmo grupo. Existem imagens públicas, representações mentais comuns em grande parte dos habitantes de um mesmo lugar... Existe uma interação de uma realidade física única, uma cultura comum e uma natureza fisiológica.” (Lynch, 1980).

Seguindo as idéias de Lynch, podemos dizer que o trabalho com a percepção da imagem pelos alunos pode ajudar em sua competência leitora do mundo, mostrando a eles que as imagens que lemos são recortes da visão e da intenção de quem as produziu. Elas registram o tempo e o olhar de seus autores. Além disso, elas também se configuram como uso da técnica, pois os instrumentos (máquinas fotográficas, câmeras de vídeo, televisão e computadores) são seus intermediários.

NOTAS:

1 Professora do Departamento de Geografia – FFLCH-USP, assessora da SEF/MEC no Programa Parâmetros em Ação.




SALTO PARA O FUTURO / TV ESCOLA
WWW.TVEBRASIL.COM.BR/SALTO

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Nacionalismos europeus e estudos migratórios

O Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, promove, no próximo dia 18 de maio, a partir das 14h, palestra do Professor Doutor Xosé Manoel Núñez Seixas, Titular da Universidade de Santiago de Compostela, especialista em nacionalismos europeus e estudos migratórios. O evento será realizado no auditório principal.
Criado em 1838, o Arquivo Nacional tem por finalidade implementar e acompanhar a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos - Conarq, por meio da gestão, do recolhimento, do tratamento técnico, da preservação e da divulgação do patrimônio documental do País, garantindo pleno acesso à informação, visando apoiar as decisões governamentais de caráter político-administrat ivo, o cidadão na defesa de seus direitos e de incentivar a produção de conhecimento científico e cultural.


Praça da República, 173
Rio de Janeiro, RJ - 20211-350

Livro cartografias sociais e território

Informamos que os textos integrais do livro Cartografias Sociais e Território, publicado no contexto do projeto Experiências em Cartografia Social na América Latina, desenvolvido no Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza do IPPUR/UFRJ, está disponível no ítem publicações do site:



http://www.ettern.ippur.ufrj.br/

domingo, 9 de maio de 2010

CINE CAFÉ NEPEC APRESENTA

CINE CAFÉ NEPEC
APRESENTA

Imagem E Símbolo
Um documentário sobre
movimentos sociais na América Latina e seus
símbolos.

Debate com o diretor Fernando Mamari.

Data: 18 de maio

Local: Sala 4092
Bloco F, 4o andar

Horário: 19:30hs

Coordenação: André Novaes
Equipe: Bruno Murilo, Carla Sales
Alex Rodrigues e Ricardo Brenelli

sexta-feira, 7 de maio de 2010

DECIFRANDO A TERRA VERSÃO ELETRÔNICA

http://www.4shared.com/dir/12743701/533b1ea3/Decifrando_a_terra_-_captulos_.html